Você sabe quais são as principais tendências de RH para 2018? A velocidade com a qual as transformações ocorrem atualmente assusta muitas empresas. De fato, algumas delas não conseguem acompanhar essas mudanças e acabam enfrentando situações difíceis que impedem o crescimento e a consolidação no mercado.
Elas ainda não enxergaram que têm, dentro da própria estrutura, um setor que pode fazer toda a diferença nesse processo. A área de Recursos Humanos não é mais uma coadjuvante, responsável apenas pela conferência do ponto de entrada e de saída dos trabalhadores, bem como a contratação e a demissão deles.
Estamos diante de uma nova realidade, na qual o RH assumiu o posto de protagonista em um contexto que envolve crescimento, desenvolvimento e estratégia. Portanto, esse é o momento de parar, refletir e se atualizar. Para isso, listamos as principais tendências de RH para 2018.
As transformações, que acontecem a todo instante, criam um cenário que demanda do profissional de RH algumas competências. Entre elas, podemos citar a visão de futuro, a capacidade de administrar as particularidades e necessidades dos colaboradores, a inovação para lidar com as novidades e o empenho para recrutar e reter talentos.
O RH já deixa de se preocupar com as necessidades da geração de millenials e passa a olhar com cautela para a Z, que está dando os seus primeiros passos nas empresas. Esses profissionais ocupam cargos como estagiários, assistentes e analistas. Descobrir como eles percebem o ambiente em que estão é um dos desafios do RH.
Essa geração chegou ao mercado muito preocupada com aspectos como as oportunidades de trabalho, os treinamentos e a chance de se desenvolver. Isso exige das empresas uma atualização das suas práticas e discursos, que devem caminhar em sinergia. A forma como as empresas são percebidas pelos próprios colaboradores e mercado afeta aspectos importantes, como o diferencial competitivo delas.
Direcionar a empresa para um caminho mais promissor requer a atuação de todos os departamentos, principalmente o de Recursos Humanos — que é o grande catalisador de mudanças. A adaptação das empresas para o novo contexto das organizações deve ser feita de modo transparente, dinâmico e integrado à experiência de trabalho dos colaboradores.
Devem ser considerados todos os fatores que envolvem a satisfação, o engajamento e o bem-estar dos profissionais, sem deixar de lado o alinhamento entre eles e os princípios éticos da organização. Lembre-se de que os resultados da empresa dependem unicamente da capacidade do capital intelectual que ela tem.
É imprescindível para o RH motivar os colaboradores, um desafio que se renova anualmente e que enfrenta as mudanças de pensamento e comportamento da sociedade. Sendo assim, os profissionais que fazem parte desse departamento devem se preparar para as novas exigências que vêm de todos os lados: colaboradores, empresa, mercado e de dentro da própria área.
O RH deixou de ser o setor que, por vezes, era visto apenas como coadjuvante dos processos. Ele passou a ser estratégico, fundamental para as organizações que desejam crescer e se destacar. Afinal, elas perceberam a necessidade de atrair e reter talentos para evitar gastos desnecessários e garantir a própria vantagem competitiva.
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que o brasileiro quer mais liberdade para negociar a flexibilidade no trabalho. Mais de 80% dos entrevistados revelaram que gostariam de poder trabalhar em casa. A jornada com horários mais maleáveis revela, ainda, outra necessidade: a de poder negociar isso com a empresa.
A flexibilidade no horário e local de trabalho oferece ao colaborador mais liberdade na definição do próprio expediente — o que, de certa forma, é um modo de incentivar a autogestão. Essa iniciativa determina a quantidade de horas que devem ser trabalhadas, mas sem especificar horário e lugar.
A fuga da rotina tradicional de uma organização colabora com a qualidade de vida do profissional, que passa a ter mais tempo para organizar o próprio dia e resolver problemas que estejam fora da esfera do trabalho. Trata-se de uma ação que ajuda a melhorar a motivação do colaborador, pois, ele passa a se sentir mais valorizado.
A consequência desse tipo de incentivo é sentida no nível de produtividade. A pessoa que trabalha motivada tende a ser mais produtiva. Vale ressaltar que essa prática precisa ser bem pensada, pois todas as responsabilidades e compromissos precisam ser cumpridos. Isso envolve reuniões e até colaboração entre as equipes.
Não existe mais espaço nas empresas para que os gastos sejam descontrolados. O mercado está cada vez mais competitivo e, ao somar cada real mal gasto, as empresas perdem poder de atuação. No caso do RH, isso pode ser feito por meio de melhorias no processo de recrutamento e seleção de profissionais.
Esse processo envolve a adoção de estratégias que possibilitam captar, desde o início, os melhores candidatos para as vagas que estão em aberto na empresa onde trabalha — sem deixar de considerar habilidades, competências, perfis e compatibilidade com os valores da organização. Como todas as etapas são inter-relacionadas, devemos enxergar o todo.
Sendo assim, a equipe de RH precisa identificar o perfil do candidato ideal para cada uma das vagas. É imprescindível ter o apoio dos gestores das áreas envolvidas. Mapeie dos conhecimentos demandados até os traços de personalidade que são desejados. Elabore uma boa descrição para as vagas e anuncie nos lugares certos.
Evite generalizações e seja bem específico quanto ao que é exigido. Planeje as demais etapas de recrutamento e seleção, determinando quem serão os profissionais responsáveis por cada uma delas. Coloque isso em um cronograma e envolva também os líderes das outras áreas. Use um sistema ou outra ferramenta tecnológica para organizar as informações e processos.
Primeiramente seja transparente com os candidatos. Não deixe de informá-los sobre todos os detalhes da empresa nem repasse informações erradas, incertas ou incompletas. Os candidatos precisam refletir sobre ter ou não o perfil ideal para a vaga, pois, quando a resposta é positiva, eles iniciam mais motivados as suas atividades.
Outra das tendências de RH para 2018 é o fortalecimento da transparência nas relações entre as empresas e os seus colaboradores. Isso é possível por meio do comprometimento organizacional, uma ligação motivacional que faz os profissionais terem o desejo de fazer parte da empresa, bem como do seu crescimento e objetivos.
Sabemos o quanto a motivação é importante dentro das organizações. Entretanto, para que se obtenha um ambiente onde as pessoas se sintam motivadas, é indispensável que haja comprometimento dos dois lados: trabalhadores e empresa. Quando esse laço inexiste, o problema pode aparecer quando medimos o nível de insatisfação dos profissionais.
A falta do comprometimento organizacional também revela a ausência do sentimento de orgulho e prazer em fazer parte da organização. É importante que a empresa se esforce constantemente para compreender e atender às necessidades dos seus membros, preocupando-se principalmente com o bem-estar deles.
Em momentos de crise, por exemplo, a transparência deve prevalecer nas relações. Todos devem ficar cientes sobre a situação da empresa diante de um mercado incerto, pois isso pode gerar a motivação necessária para que todos se engajem mais rumo à superação de um momento difícil. Assim como é importante que saibam que cortes podem acontecer.
Gamificação é o uso dos conceitos oriundos do mundo dos jogos, mas no caso do RH serve para engajar pessoas na busca de um objetivo. Trata-se de uma prática que incentiva o uso de recompensas, feedbacks constantes, colaboração entre equipes e conquista de status para motivar os profissionais.
Estabelecem-se, portanto, rankings, pontos e até medalhas em jogos para transformar processos tidos como simples e corriqueiros em interessantes e divertidos. Nas empresas, a gamificação é costumeiramente vista e aplicada em equipes de vendas. Entretanto existem diversas possibilidades para que seja possível criar um ambiente propício à motivação.
Uma delas é a realização de treinamentos. Entenda os pontos fracos, identificando todos os aspectos que prejudicam o desenvolvimento da empresa. As respostas obtidas serão essenciais para começar o processo de gamificação. A partir delas, estabeleça os objetivos que farão parte do plano para superá-los.
A criação do plano vem na sequência. Realize todos os testes necessários com grupos menores antes de expandir a gamificação para toda a empresa. Nesse processo é interessante contar com o apoio de uma empresa ou consultoria especializada em gamificação, afinal, ela terá a expertise necessária para ajudar.
A tecnologia também deve ser usada na automação dos processos executados pela gestão de RH. Muitas empresas já automatizam os seus processos em diversos setores, mas se esquecem da área de Recursos Humanos — uma das mais estratégicas da companhia.
Processos automatizados criam o alinhamento necessário entre todos, oferecendo eficácia e agilidade na execução das atividades. Isso ocorre com base em ferramentas que gerenciam e monitoram os processos, permitindo visibilidade em relação ao futuro por meio de dados que, analisados, se transformam em tendências.
Na gestão de RH, a automatização de processos favorece pontos como o alinhamento com as leis trabalhistas e a necessidade de registrar e interpretar dados. Dá para facilitar até mesmo o processo de contratação de novos trabalhadores, pois um e-mail pode ser disparado automaticamente assim que cada etapa é finalizada.
As ferramentas que automatizam processos no RH trazem ganhos como a redução de custos, diminuição do uso de recursos como o papel e a equipe mais dedicada às questões estratégicas. Cria-se, desse modo, um circuito com base em informação. Afinal são registrados todos os procedimentos realizados na ferramenta.
O bem-estar incentiva os colaboradores da sua empresa. Investir em ações que o promovam resulta em melhor produtividade e satisfação com o trabalho. As políticas que visam o bem-estar não são exclusividade das grandes corporações e de startups. Empresas de pequeno e médio porte, pela menor quantidade de pessoal, tornam ainda mais fácil e prático o processo de implantação dessas ações.
As políticas de bem-estar vão além daquelas que promovem a qualidade de vida, pois, para que funcionem, é necessário criar um ambiente que seja propício a uma mudança cultural. Desse modo, as mudanças em prol do bem-estar coletivo surtem mais efeitos positivos. Os profissionais devem entender como funciona esse processo e o porquê de aderir a ele.
Nesse contexto, vale a pena destacar desde os aspectos básicos (higiene, claridade e segurança do trabalho) às questões comportamentais, como o relacionamento entre colaboradores e gestores. O bem-estar físico e mental precisa ser garantido para que todos tenham foco naquilo que é mais importante: os resultados da organização.
O mesmo vale para o bem-estar dos colaboradores fora da organização. A empresa precisa estabelecer com clareza o expediente de trabalho para que todos consigam se organizar, mesmo que a distância. Isso possibilita o tão sonhado equilíbrio entre vida pessoal e profissional, permitindo ser feliz em todas as esferas.
O investimento em um bom pacote de benefícios também figura entre as principais tendências de RH para 2018, pois a competitividade do mercado vem exigindo das empresas uma postura cada vez mais preocupada com seu capital humano. Por outro lado, elas precisam atender às próprias necessidades por meio de equipes bem capacitadas.
Essa realidade põe as organizações em disputa para atrair e reter talentos. Para evitar a fuga deles, por causa do assédio das outras companhias, elas se desdobram para oferecer as condições ideais que fazem a diferença. Isso, em tempos em que a qualidade de vida é um conceito difundido na sociedade, é o que garante a permanência dos profissionais.
Os altos salários que outrora atraíam os candidatos já não têm mais tanto apelo, pois aspectos como o plano de carreira e o bom ambiente profissional conseguem dizer mais sobre a rotina da companhia. Já os benefícios como vale-alimentação, vale-refeição, vale-combustível e plano de saúde despontam como grandes diferenciais.
Quem trabalha com RH deve enxergar além. A concessão de prêmios, a flexibilidade de horários para cumprimento da jornada de trabalho, os programas de incentivo e até sessões de coaching são recursos que já vêm se destacando entre os diferenciais oferecidos para atrair e reter talentos. Por isso, é fundamental conhecer os profissionais que fazem parte da organização.
Realizar pesquisas de clima e satisfação é o primeiro passo para saber mais sobre as pessoas com quem você trabalha. Elas ajudam a identificar as reais necessidades das pessoas, possibilitando a criação de um plano adequado aos desejos dos profissionais e, obviamente, à realidade da companhia.
As empresas costumam seguir dois modelos hierárquicos: o vertical ou o horizontal. Neles é baixa a frequência com a qual ocorre com sucesso o descobrimento de talentos, a criação de novos cargos e a ascensão promocional. Eles tendem a frustrar os colaboradores, fazendo com que aqueles que têm mais conhecimento e talento busquem nas concorrentes a vaga mais adequada aos seus perfis profissionais.
Geralmente falta um plano de carreira que, ao mesmo tempo, possibilite o crescimento profissional e o desenvolvimento de competências e habilidades. Sendo assim, o planejamento da carreira em W desponta como uma das principais tendências de RH para 2018.
Ele foi idealizado por Roberto Pierre Rigaud e tem o objetivo de promover a flexibilidade entre os cargos que são oferecidos pela companhia. Em vez de seguir o modelo Y, em que o colaborador que atinge o teto da própria profissão deve decidir se segue uma carreira ou outra, no planejamento em W ele encontra a oportunidade de atuar de forma versátil e dinâmica em outros cargos.
No planejamento de carreira em W, uma área não inviabiliza outra, pois, ele considera a interdisciplinaridade e a visão sistêmica. Isso oferece benefícios como o aumento da satisfação dos colaboradores, o desenvolvimento da inteligência emocional e a melhoria nas relações interpessoais.
O RH é o grande protagonista do processo de mudanças em uma empresa. As tendências que listamos no tópico anterior devem ser encaradas pelas organizações como parte dos desafios que surgem e as obrigam a se reinventar para garantir seu espaço no mercado. Isso é refletido no desempenho dos profissionais.
Para que estejam preparados para as exigências do mercado, eles precisam se adaptar às inovações e, ao mesmo tempo, apresentar a maturidade necessária. Contudo, para que o processo de mudança aconteça e os profissionais possam acompanhar o seu ritmo, entra em cena a área de Recursos Humanos.
A gestão de RH deve conhecer as necessidades da companhia e dos seus colaboradores, bem como o motivo que leva ao processo de mudança ou acompanhamento de uma tendência. Desse modo, torna-se possível posicionar estrategicamente todos os profissionais da empresa.
É necessário que o RH trabalhe de forma alinhada com os demais departamentos da empresa, sempre de olho nas necessidades de todos. Isso ajuda a definir perfis e oferecer o suporte necessário para que o melhor desempenho possível seja alcançado.
Nesse contexto, deve-se considerar também a cultura da organização. Em alguns casos, ela está mal difundida e isso pode prejudicar o desempenho das mudanças previstas. Por isso, para impactar positivamente nos resultados da empresa, cabe ao RH atuar de maneira estratégica e ajudá-la a alcançar os seus objetivos e a realizar sua missão.
As mudanças previstas pelo departamento de Recursos Humanos devem proporcionar competitividade à organização. Para tal, não se pode esquecer de treinar e motivar pessoas para alcançar altos níveis de satisfação no ambiente de trabalho. O desenvolvimento e a manutenção da qualidade de vida da equipe são fundamentais nesse aspecto.
Profissionais motivados ajudam a administrar e impulsionar as mudanças que visam o crescimento da organização. Isso ajuda a construir uma empresa cada vez melhor, com uma equipe unida e que trabalha sem medir esforços pelos seus objetivos.
As principais tendências que listamos neste artigo promovem a transformação da área de RH, tornando-a mais estratégica. O impacto sentido pela empresa começa pela redução do turnover, a taxa que mede a rotatividade dos colaboradores. Quanto menor for o índice, menos gastos ela terá com novas contratações e demissões.
Isso possibilita o desenvolvimento de equipes de alto desempenho. Bem-sucedidas, elas entregam resultados acima da média e conseguem ser mais produtivas, ou seja, fazer mais com menos recursos. Essa afinidade também impacta positivamente no comprometimento de todos.
Como consequência, você observará o aprimoramento da comunicação interna, algo extremamente necessário para o crescimento de qualquer negócio. Essa melhoria possibilita a redução do retrabalho e a diminuição de erros nos processos, aumentando as chances de se alcançar e até superar os resultados esperados.
Quando o RH trabalha focado na gestão de pessoas, ele consegue criar uma cultura diferenciada na organização, transformando-a em um lugar onde os profissionais desejam trabalhar. Isso muda a forma como a empresa é vista no mercado e percebida pelas pessoas — inclusive as que já trabalham para ela.
Como se gasta muito para contratar e demitir, a atração e retenção de talentos favorece o uso do capital intelectual disponível. Em vez de perder tempo em processos seletivos muito longos, o RH passará a identificar mais rapidamente quais são as necessidades que uma vaga tem e até poder indicar o treinamento adequado para os profissionais que já estão na equipe e que têm potencial de crescimento.
O maior benefício disso tudo é a garantia da vantagem competitiva para o negócio. Cabe ao RH garantir os subsídios para a criação de uma cultura de olho na melhoria dos resultados, sem que sejam deixadas de lado as necessidades dos seus membros. Quando as mudanças são aplicadas da forma correta, elas permitem que as tomadas de decisão sejam feitas com mais responsabilidade e precisão.
As principais tendências de RH para 2018 apresentadas neste artigo podem nortear a transformação do seu departamento e torná-lo cada vez mais estratégico. Tenha em mente que, no contexto atual das organizações, essa mudança de postura é necessária para que a empresa garanta o seu espaço no mercado e, ao mesmo tempo, consiga crescer.
Assine a nossa newsletter e receba em seu e-mail outros conteúdos para que você acompanhe as novidades em gestão de RH!
Solicite uma proposta
Ligue para 0800 777 4000 ou preencha os dados abaixo que entraremos em contato.
Comentários