A gestão de pessoas deve ser feita de maneira cada vez mais estratégica e funcional. Em razão disso, é preciso uma série de indicadores que revelem os pontos críticos e o melhor caminho a ser seguido pelo RH. Entre os indicadores, está o Headcount.
O termo vem do inglês e, em tradução livre, significa “contagem de cabeças”. Sendo assim, representa a quantidade total de colaboradores. Com ele, você pode arquitetar estratégias em escala, refletir sobre todo o time ao tomar decisões e se manter mais bem informado quanto aos números do RH. A questão é: na prática, como usá-lo?
Nós reunimos tudo o que você precisa saber sobre o assunto e dicas de como utilizar o Headcount na gestão de pessoas. Portanto, leia com atenção aos próximos tópicos e fique por dentro!
Se a princípio o nome parece algo complexo, realmente não o é. O próprio software de gestão de pessoas oferece o número total de colaboradores ao profissional de RH, dispensando a tarefa de contar quantas pessoas há dentro da empresa. Se seu sistema não faz isso, outra possibilidade é calcular com base nos registros de contratação.
Mas existem algumas subdivisões de Headcount que podem ser usadas para avaliar a diversidade dentro da empresa ou para criar estratégias mais sólidas. Você pode fazer a contagem de pessoas recém-contratadas, de mulheres, homens, negros (pretos ou pardos), idosos, entre outros segmentos específicos no quadro de trabalho.
A empresa Embraer, fabricante de aeronaves do Brasil, por exemplo, tem metas para contratação de mulheres e negros. Isso parte do Headcount, objetivando identificar a proporção atual e a ideal de mulheres e pessoas negras no quadro de trabalho.
Quanto mais você conhece os talentos e suas peculiaridades, mais fácil é fazer uma boa gestão de pessoas e garantir que todos sigam no mesmo sentido. Existem vários benefícios ligados ao Headcount. Por exemplo, o cálculo de gastos com pessoal, a projeção de cenários para o futuro e o investimento na diversidade interna. Confira:
Quanto custa cada profissional da empresa? O valor varia muito de pessoa para pessoa, até porque alguns estão na base e outros no topo da pirâmide organizacional. Entretanto, é possível ter uma média com base na “contagem de cabeças”.
É preciso conhecer o total gasto com colaboradores — incluindo encargos trabalhistas (FGTS, INSS, férias, 13º salário etc.) e os custos estratégicos (treinamento, avaliação, incentivo etc.). Depois, dividir o total pelo Headcount da empresa. Assim saberá qual a média de gasto por profissional e poderá planejar e organizar melhor as atividades do RH.
A partir de então, poderá criar metas para aumentar ou reduzir o custo médio por pessoa, de acordo com a atual realidade da empresa e o nível de motivação que deseja. Uma coisa é certa: você precisa conhecer os números que envolvem o seu pessoal.
Você já parou para refletir sobre a enorme quantidade de benefícios que podem ser oferecidos ao time? Do vale-cultura ao vale farmácia, incluindo bolsas de estudo e incentivos à prática de exercício físico. Para definir o melhor kit, além de conhecer o total de cabeças, é crucial entender suas especificidades.
Nesse caso, você deverá fazer o Headcount segmentado — qual o número de homens, mulheres, negros, brancos, jovens e seniors? Assim, poderá estabelecer benefícios compatíveis e que gerem motivação. Se a equipe é predominantemente jovem, por exemplo, o vale-cultura e a parceria com academias são ótimos modelos de benefícios.
É impossível ter certeza do que vai acontecer no futuro, por isso as empresas vivem criando projeções e se preparando para eventuais cenários. Isso inclui mudanças no número de profissionais contratados. Se em alguns momentos é preciso contratar e expandir o time, em outros é preciso enxugar. Aqui, o Headcount faz toda diferença.
A premissa é conhecer o tamanho do time e suas peculiaridades. Só assim também poderá se programar para cenários futuros. Imagine o período de Natal, por exemplo, que comumente tem uma maior demanda por parte dos clientes. Nele, você precisará fazer um acréscimo no Headcount, seguido da integração dos recém-contratados.
Como você pôde ver até aqui, o cálculo do Headcount é crucial ao orçamento do RH, bem como à definição de melhores benefícios e projeções para o futuro. A dúvida é: como usá-lo no dia a dia?
Para uma análise completa, não basta identificar o número de colaboradores. Algumas equipes enxutas produzem mais que outras robustas, afinal, contam com gente mais motivada e comprometida com o resultado final. Então, qual a sua força de trabalho?
Para responder a essa questão, avalie se seus profissionais estão devidamente treinados, se estão motivados e bem alinhados ao que é pretendido pela empresa. Quando não há um adequado alinhamento entre empresa e seus talentos, mesmo com um quadro de trabalho robusto, os resultados costumam ficar abaixo do esperado.
A diversidade na empresa ajuda a construir um ambiente plural e criativo. Além disso, é uma forte demonstração de responsabilidade social corporativa. Portanto, avalie se há diversidade no Headcount ou se todos os profissionais perfazem o mesmo perfil.
Objetive a integração de gente com características e experiências diferentes ao local de trabalho. Assim, poderá garantir o progresso da cultura e uma maior diversidade de pensamentos — lembre-se: muitas vezes, você só precisa de um ponto de vista distinto para vencer determinados desafios, o que é impossível sem a diversidade.
Seu atual número de colaboradores está adequado? Muitas vezes não, então é preciso contratar ou desligar profissionais. De todo modo, é preciso planejar e avaliar o impacto disso no orçamento do RH.
Desligar um colaborador custa até um ano de trabalho. Logo, é uma ação que impacta o orçamento da empresa. Mesmo para se contratar há vários custos, por exemplo, o recrutamento e seleção, a integração e o treinamento. Então, é preciso ter certeza de que o novo Headcount vai contribuir para o crescimento e sucesso da empresa.
Por fim, é simples entender o que é Headcount e fazer o cálculo, mas muitos gestores e empresários não têm isso na ponta do lápis, em especial quando se fala na contagem segmentada. Os benefícios são diversos, por exemplo, ajudam a construir um RH mais estratégico e a melhor aproveitar o orçamento. Portanto, aproveite para usá-lo!
Gostou do nosso artigo, certo? Aproveite para continuar aprendendo conosco. Leia nosso artigo “Como a gestão de benefícios ajuda o RH a ser mais estratégico?”.
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