O RH estratégico é essencial ao alcance dos objetivos da empresa. Sem ele, fica muito mais difícil alinhar e engajar os profissionais na direção certa, o que mitiga o desempenho do negócio e, portanto, o alcance de resultados satisfatórios.
Nesse sentido, o ideal é migrar o antigo RH (mais operacional) para uma visão estratégica e sintonizada com os objetivos do negócio. A grande dúvida é: como isso pode ser feito na prática? São diversas as possibilidades de ações. Por exemplo, a definição de metas consistentes, a definição de indicadores de desempenho e o treinamento da equipe.
Neste texto foram reunidas informações muito importantes sobre o assunto e também algumas dicas para alinhar o RH estratégico aos objetivos do negócio. Portanto, continue a leitura!
A atual gestão de pessoas não deve ser balizada pela intuição dos gestores e líderes. Na verdade, mais do que nunca, é preciso ter indicadores reais e que facilitem a tomada de decisões. Com os dados certos, é muito mais provável acertar na escolha.
No entanto, o ideal é acompanhar indicadores que estejam alinhados aos objetivos genéricos do negócio. Se a intenção da empresa é aumentar a eficiência operacional, por exemplo, não adianta medir apenas a satisfação e lealdade dos colaboradores, mas também é preciso mensurar a produtividade, assiduidade e efetividade no que é feito.
Por essa razão, a primeira dica é: tenha bons indicadores nos quais se apoiar. Não busque por métricas de vaidade (que, na prática, têm pouco efeito), nem indicadores conectados somente aos interesses do setor. Assim, o RH será mais bem direcionado.
Em todas as empresas há uma forte busca pela eficiência operacional. A necessidade de fazer cada vez mais com menos permeia todos os setores do negócio, inclusive o RH. Por essa razão, o ideal é contar com a ajuda de tecnologias de ponta.
O RH tem passando por um grande período de digitalização dos processos. De acordo com a Deloitte, 56% das empresas estão reformulando seus processos de RH para aproveitar ferramentas digitais.
Existem muitos sistemas possíveis de integrar. O software de Recrutamento e Seleção (R&S) é um ótimo exemplo. Ele automatiza parte da contratação, centraliza o contato com os candidatos e auxilia na gestão dos meios de divulgação de vagas. Sendo assim, garante uma gestão mais eficaz e alinhada ao interesse operacional do empreendimento.
O RH consegue estar cada vez mais alinhado aos objetivos genéricos do negócio sempre que faz uma contratação bem-sucedida, garantindo a integração de pessoas que tenham competências técnicas e comportamentais alinhadas à empresa.
Por muito tempo o foco da contratação esteve na competência técnica. Isto é, na aquisição de pessoas com formações e habilidades específicas. Mas isso não é a única coisa que importa, pois a competência técnica é desenvolvida com treinamento.
Tão importante quanto é a contratação de gente com competências comportamentais alinhadas à cultura da empresa (o que, hoje, é chamado de Fit Cultural). Nesse caso, paixão, integridade, compromisso e vários outros valores devem ser considerados.
Ao conhecer e contratar um profissional para cada cargo, tanto na esfera técnica quanto na comportamental, o RH pode fortalecer a instituição e facilitar o alcance de ótimos resultados. Por causa disso, é preciso investir em um bom processo de contratação.
Comumente chamado de OKR (do inglês: objectives and key results), a definição de objetivos e resultados-chave é um dos principais métodos para manter um RH estratégico, comprometido com os interesses do negócio. Muitos gestores, todavia, não conhecem bem a ferramenta.
A metodologia é simples: consiste em estabelecer um objetivo principal e depois fragmentá-lo em resultados-chave, que são menores e de curto prazo. Com isso, fica mais fácil fazer um acompanhamento dos frutos de cada ação.
Por exemplo, imagine que o objetivo da empresa é aumentar a participação no mercado, isto é, seu market share. O RH pode fragmentar esse objetivo em resultados-chave, como: treinar os colaboradores para oferecer um atendimento 10% mais satisfatório; reduzir em 30% o retrabalho dos operários; e aumentar em 1/3 a efetividade dos vendedores.
Empresas que têm o RH estratégico investem muito mais em treinamento, pois sabem que gente competente é um combustível imprescindível à eficiência operacional e ao alcance dos objetivos. Investir na capacitação da equipe é investir no próprio desenvolvimento.
Uma dúvida recorrente é: como escolher o melhor treinamento? O ideal é fazer uma análise das competências de cada equipe de trabalho, analisando os pontos fracos que precisam ser aprimorados. Além disso, é preciso refletir sobre a forma como o treinamento será oferecido. Por exemplo: E-learning, M-learning e gamificação.
Mas isso não é tudo: também é crucial avaliar o ROI (retorno sobre o investimento) em treinamento. Basicamente, este cálculo consiste em cruzar o investimento inicial e o retorno obtido com isso a fim de esclarecer se o resultado é positivo ou negativo.
A última dica é criar um ambiente no qual a comunicação interna ocorra com fluidez. Isso é importante para que as informações desejadas possam alcançar o público-alvo e garantir o engajamento em certas ações. É necessário falar sobre este ponto pois, infelizmente, essa realidade está longe de alguns negócios.
Além de ferramentas específicas à comunicação interna, o próprio gerente de RH tem grande influencia no assunto. Ele deve cascatear as informações que vêm do topo da empresa e garantir que os profissionais que estão na base, como os analistas e assistentes, sejam informados. Assim, todos podem seguir na direção certa.
Enfim, são muitas as possibilidades para tornar o RH estratégico e alinhado aos objetivos do negócio. Essa transformação é necessária para que a empresa possa crescer de maneira sustentável e para que o próprio RH tenha uma maior parcela de participação no sucesso empresarial.
Agora você está por dentro do assunto, certo? Aproveite para conhecer e acompanhar alguns dos mais importantes indicadores-chave de desempenho: o ROI. Leia nosso artigo “Como medir o ROI de treinamentos de colaboradores?” e fique por dentro do assunto.
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