A escala 6×1 é um modelo de trabalho previsto na CLT. Nesse formato, o colaborador trabalha 6 dias consecutivos e tem direito a 1 dia de descanso obrigatório, totalizando uma jornada semanal de até 44 horas. Essa escala é amplamente adotada em setores como comércio e serviços.
No entanto, surgem questionamentos sobre os impactos de jornadas tão longas na saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, pelo menos 745 mil mortes por derrame e doenças cardíacas foram associadas ao excesso de horas trabalhadas.
Diante disso, surge uma nova proposta: a PEC da Jornada 4×3, apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Essa Proposta de Emenda Constitucional sugere um modelo de 4 dias de trabalho e 3 dias de descanso, com o objetivo de reduzir o desgaste físico e mental, aumentar a produtividade e promover maior qualidade de vida.
De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, o INSS concedeu 128.905 benefícios por incapacidade devido a “outros transtornos ansiosos”, reforçando a relevância do tema.
Microsoft Japão, em 2019, a Microsoft Japão implementou a semana de quatro dias, resultando em um aumento de 40% na produtividade.
Unilever Nova Zelândia testou a semana de quatro dias, mantendo os salários dos funcionários, para avaliar impactos na produtividade e bem-estar.
Winnin, a startup brasileira implementou a semana de quatro dias, buscando aumentar a produtividade e o bem-estar de sua equipe.
Produtividade: Empresas que implementaram jornadas reduzidas observaram maior eficiência e foco por parte dos colaboradores.
Bem-estar: A redução nos dias de trabalho contribui para diminuir o esgotamento mental, favorecendo o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Adaptação das empresas: A mudança exige reorganização de equipes, escalas e distribuição das horas trabalhadas.
Impacto econômico: Há preocupações sobre possíveis aumentos nos custos operacionais ou redução inicial de produtividade durante a transição.
A adoção da jornada 4×3 é um debate que busca modernizar as relações de trabalho, priorizando resultados em vez da quantidade de horas. Essa mudança representa uma oportunidade para as empresas inovarem na gestão, colocando o bem-estar dos colaboradores no centro.
Entretanto, a implementação dependerá da flexibilidade de cada setor e do tipo de negócio, exigindo adaptações para equilibrar benefícios e desafios.
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