O papel do RH na recolocação profissional, esse tema foi pauta no Up Talks episódio #17, mergulhamos em um tema essencial para profissionais e empresas: o papel do RH na experiência de recolocação profissional. A convidada Ana Paula Marçal Fortunato, especialista em RH e LinkedIn Top Voice, trouxe dicas sobre como o setor pode ser um facilitador ativo nesse processo, desconstruindo mitos e apontando caminhos mais estratégicos e humanos.
Muitos ainda enxergam o RH apenas como um filtro de currículos, mas sua função vai muito além. O papel do RH na recolocação profissional é conectar bons talentos a empresas que realmente precisam deles, criando pontes e ações que agilizem esse movimento. Ana Paula destacou a importância da via de mão dupla: enquanto o candidato se prepara e se posiciona no mercado, o RH deve atuar de forma proativa, entendendo as necessidades das áreas de negócio e alinhando expectativas.
Um dos maiores equívocos no mercado é acreditar que candidatos desempregados são menos atraentes. A especialista foi categórica: as empresas buscam o melhor perfil, independentemente da situação atual do profissional. Outro ponto abordado foi a pressão por recolocação imediata, que muitas vezes leva a decisões equivocadas. A recolocação é um processo que exige planejamento, e o RH tem o dever de orientar tanto os candidatos quanto as empresas para evitar contratações frustradas.
A pandemia acelerou transformações no mercado de trabalho. Profissionais passaram a priorizar flexibilidade, qualidade de vida e até mesmo migrar de área. Isso impactou diretamente os processos seletivos, exigindo do RH uma visão mais ampla sobre as motivações dos candidatos. Ana Paula ressaltou que, em muitos casos, as empresas ainda não se adaptaram a essa nova realidade, perpetuando modelos ultrapassados de recrutamento.
Para que a recolocação seja eficiente, o RH precisa sair da bolha e estar próximo das equipes e áreas de negócio. Só assim será possível entender as necessidades reais das vagas e desenhar processos seletivos mais justos e humanizados. A especialista compartilhou casos de “bafões corporativos” – situações em que a falta de diálogo entre RH e gestores resultou em contratações inadequadas.
Em um alerta importante, Ana Paula chamou atenção para golpes que se aproveitam da vulnerabilidade de quem busca recolocação. Alguns oferecem treinamentos com falsas promessas de emprego, explorando a esperança dos candidatos. A dica é simples: desconfie de propostas milagrosas e pesquise sempre a reputação das empresas e cursos antes de investir tempo e dinheiro.
A inteligência artificial está transformando os processos seletivos, mas seu uso exige equilíbrio. Ferramentas de triagem automatizada podem agilizar a análise de currículos, mas nada substitui o olhar humano para evitar vieses e injustiças. O desafio é integrar tecnologia e sensibilidade, garantindo que a eficiência não sacrifique a qualidade da contratação.
O papel do RH na recolocação profissional é, acima de tudo, facilitador. Seja desconstruindo mitos, aproximando-se das equipes ou usando a tecnologia com critério, o setor tem o poder de tornar esse processo mais ágil e justo para todos. Como destacou Ana Paula, quando o RH age com estratégia e humanização, todos ganham – profissionais, empresas e o mercado como um todo.
Quer se aprofundar no tema? Confira o Up Talks #17 e tenha dicas valiosas para sua carreira ou para a gestão de pessoas na sua empresa.
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